Chuvas esporádicas e rodízio de água exigem cuidados redobrados

Terezinha dos Santos Lima foge da dengue como o diabo foge da cruz. A expressão seria exagerada não fosse esta a forma mais exata de expressar todo o medo que a cabeleireira de 49 anos sente de voltar a ser acometida pela doença. "Eu já fui atingida pela dengue duas vezes e sofri muito nas duas ocasiões. Não foi a dengue hemorrágica, mas sentia tantas dores nos ossos que parecia que eles iam se partir", declarou ela.

Esse temor transformou Terezinha em uma agente voluntária de combate ao mosquito Aedes aegypti. Moradora da casa 865 da Rua Ribeirópolis, no bairro Suíssa, as ações preventivas da cabeleireira extrapolam os limites do seu domicílio residencial. "Até copinhos e outras embalagens descartáveis que vejo na rua e que podem acumular água eu recolho e jogo no lixo", confessou Terezinha dos Santos Lima, que assim protege também os demais os cinco membros de sua família.

Na luta que trava diariamente contra a dengue, as estratégias de defesa de Terezinha vão desde em manter as garrafas de cerveja vazias arrumadas e viradas para baixo até cobrir os depósitos de água que mantém casa. Os reservatórios são cobertos com folhas de alumínio e ainda há uma cobertura de plástico para reforçar os cuidados nesta época de rodízio de água.

Cuidados semelhantes quem adota é a dona-de-casa Rosimeire Soares Santos, 36 anos, também moradora do bairro Suíssa. "Acho importante nos prevenir contra a dengue. As medidas que precisamos adotar são simples, não exigem qualquer esforço, e são para o nosso próprio bem", considerou ela.

Na casa de Rosimeire vivem sete pessoas. Nesta família, pelo menos três membros já foram vítimas da dengue. "Por isso, a gente segue à risca as orientações que recebemos dos agentes de endemias. Nenhum de nós quer se arriscar e adoecer novamente, principalmente agora que existe a ameaça de dengue hemorrágica", enfatizou Rosimeire Soares.

Fonte: ASN