sábado, 2 de maio de 2009

PARA EDUCADORES: Se o aluno não entende a influência da mídia, está desconhecendo a si próprio



A jornalista Katarine Flor, do Núcleo Piratininga de Comunicação, fez uma entrevista muito interessante com a professora Carmen Lozza, da Universidade Federal Fluminense. O tema é extramente relevante e vale a pena refletir.

O curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais da UFRJ, coordenado pelo professor Evandro Ouriques, recebeu no dia 27 de abril a professora aposentada da UFF Carmen Lozza, diretora do Programa Jornal e Educação. Ela ressaltou a importância de se levar o jornal para as escolas, e incentivar a leitura crítica da mídia. “É um recurso didático, que precisa ser conhecido, lido e interpretado”. Para ela, é necessário buscar a reflexão crítica dos alunos sobre a influência da mídia nos indivíduos, para que eles saibam fazer escolhas. E enfatizou o compromisso social da escola nesse processo.

BoletimNPC - A senhora falou sobre a influência da mídia nas escolhas individuais e que é importante trabalhar uma visão crítica com os alunos. Por que isso é tão importante?

Carmen Lozza - Se o aluno começa a perceber que ele não é o dono total de sua vida, e que sofre uma influência enorme da mídia, ele vai se conhecer melhor. Vai entender seus limites e suas possibilidades para intervir. Não adianta formar um aluno que acha que é o “bam bam bam”, e que pode tudo. Ele vai ter uma avaliação de conjuntura completamente equivocada, porque ele não pode tudo não. Também não é positivo um aluno que acha que tudo é determinado, e que não pode nada. Este aí então vai ficar alienado.
Por isso é fundamental contribuir para que ele faça essa análise crítica. Quando ele começa a entender a influência que sofre da mídia, ele vai se assenhorando dele próprio, das suas próprias capacidades e das suas condições de intervenção.
A expectativa que eu tenho é que ele possa fazer escolhas melhores. Não só em relação à leitura, mas tudo em sua vida. E que ele possa escolher em quem vai votar, o que pode fazer no grêmio dele, qual a proposta mais adequada. Ele vai ficar mais lúcido em relação aos seus limites e possibilidades. Se ele não entende a influência da mídia, ele desconhece a si próprio.

BoletimNPC – Ao trabalhar essa questão nas escolas, como a senhora percebeu essa mudança?
CL - Percebo alterações quando eles começam a ter atitudes na própria escola, e tentam mudar alguma coisa. Quando o aluno, por exemplo, lê no jornal sobre uma vala que está fétido do lado da escola, e ele vai se informar sobre aquilo. Que vale é aquela? Por que está assim? Aí ele descobre que não é um valão, mas sim um rio que está completamente poluído. E vai tentar buscar uma solução para aquilo. Vai falar com os colegas, com os professores, e tentar se juntar para fazer alguma coisa para mudar.

BoletimNPC – A senhora acredita que os professores já estão muito conformados e desestimulados, e que, por isso, não buscam esta leitura crítica utilizando os jornais?
CL - Tem tido muito desânimo, sim. Claro que existem aqueles que não desistem, mas o professor está muito empobrecido. Muito entristecido. É isso que eu tenho visto na maioria das vezes.
Ou então, quando a escola é particular, ele está sem espaço, sem opção. Tem que trabalhar em instituições onde não tem poder nenhum. Então ele tem que seguir aquela cartilha. Oferece um ensino apostilado, onde tem que passar o conteúdo daquele dia. Não tem espaço nenhum para trabalhar jornal, nem nada diferente daquilo que está naquela apostila.

BoletimNPC – Durante o curso, a senhora falou sobre o pensamento crítico, mas que ele vai além de estimular a opinião. Como é isso?
CL - A opinião não tem compromisso com a verdade, com a ciência. Eu posso ter a opinião mais diversa sobre vários assuntos. Agora, se eu me disponho a tentar entender uma determinada questão, não é mais uma opinião que fique na mera vontade de cada um. Eu tenho que buscar indícios mais científicos, fazer relações, localizar melhor aquilo, estudar muito. Eu não posso fazer uma crítica sem ter uma base teórica que possa me dar uma fundamentação para entender melhor aquele assunto. A opinião é uma questão de gosto. Pensamento crítico é outra coisa.

Fonte: Blog do Cristian Góes

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Professores participam de caminhada no 1º de maio

Para marcar o dia 1º de maio, trabalhadores urbanos e rurais de Sergipe estiveram juntos em Caminhada Unificada. Professores da rede de Aracaju e do Estado, médicos, enfermeiros, jornalistas, movimentos dos sem terra e dos trabalhadores urbanos foram algumas das categorias que uniram forças à Central Única dos Trabalhadores - CUT/SE. O percurso saiu da praça da Bandeira em direção à frente do Shopping Jardins.

Entre as principais bandeiras levantadas pelas categorias estavam a situação dos trabalhadores diante da crise mundial. E nesse contexto, a indignação de diversos setores da capital frente ao 1% dado pelo prefeito Edvaldo Nogueira, enquanto o secretariado foi beneficiado com o reajuste de 56%.

1º de maio é dia de luta e não de festa para o trabalhador. A mobilização acontece em todo o país e a CUT chama atenção para o discurso utilizado pelos empresários e gestores públicos sobre a atual crise econômico-financeira de escala internacional para negar os direitos dos trabalhadores, diz Antônio Góis, presidente da CUT/ SE, completando que essa conta é dos ricos que exploram e oprimem o trabalhador.

Os professores de Aracaju, também presentes no evento, destacam que é um momento histórico para os servidores da capital. Diversos setores da sociedade tiveram seus direitos de greve negados através da ilegalidade e o que se vê é uma onda de protestos e reivindicações. É um momento de luta, finaliza a professora Maria Elba da Silva, presidente do Sindipema - Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju.
Fonte: Faxaju

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Professores efetivos da rede pública participam de curso de Educação Digital

Começou nesta última segunda-feira, 27, em algumas cidades que integram a Diretoria Regional de Educação – DRE´09, o curso de formação continuada oferecido pela Secretaria de Educação à Distância do MEC. Este curso faz parte do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional – Proinfo Integrado e é desenvolvido pelo Ministério em parceria com as secretarias de educação de Estados e as dos municípios.

O programa tem como objetivo levar o conhecimento de novas tecnologias aos professores efetivos da rede pública. Ele voltado para o uso didático-pedagógico das tecnologias da informação e comunicação - TIC - no cotidiano escolar.

Segundo Wanderson Gomes, professor da rede estadual e coordenador do curso da Diretoria Regional de Educação – DRE´09, somente na cidade de Glória estão sendo capacitados 86 professores. No total, em toda a Diretoria Regional, 449 professores da rede pública estão em sala de aula se capacitando para aprender novos recursos pedagógicos. “Este é um curso que tem como parceiros o governo federal, o estadual e o municipal e visa ensinar aos professores o correto manuseio dos recursos tecnológicos que poderão ser trabalhados em sala de aula, as da cidade e as do interior, as quais disponham de computadores.”, conclui Gomes.

Cursos de Educação Digital

No primeiro curso, chamado de Introdução à Educação Digital, os participantes passam por uma capacitação de 40 horas. Este curso é direcionado aos professores que ainda não têm o domínio básico para manejar o computador e a internet. Ele objetiva ensinar o manejo de recursos como editores de texto, de multimídia, de tabelas, de apresentação de multimídia e outros recursos ligados à rede mundial de computadores.

Já o segundo curso, denominado de Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC, com 100 horas, visa oferecer conhecimentos no campo pedagógico, possibilitando o correto manuseio da TIC para planejar estratégias do ensino aprendizagem integrando a tecnologia disponível à criatividade do corpo docente.

No terceiro curso, e último dessa primeira fase, é o Elaboração de Projetos, composto por uma carga horária de 40 horas. Ele visa a construção e desenvolvimento de projetos a serem utilizados na sala de aula junto aos alunos.

Na fase seguinte, o MEC oferece o Curso de Especialização de Tecnologias em Educação, composto por 400 horas, que é a pós-graduação. E encontra-se em fase de instalação o Mestrado nessa mesma área que também será ofertado como parte do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional – Proinfo Integrado.

Fonte: Portal Soudegloria.com - o maior portal do sertão sergipano
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Piso Salarial é debatido na Assembleia Legislativa

O presidente do Sintese, Joel Almeida, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para fazer uma explanação aos deputados sobre a questão do piso salarial profissonal nacional do magistério público.

Joel fez uma apresentação da lei 11.738/2008 que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional, ressaltando de que na época da formulação da lei nenhum governo tinha questionado a forma de cálculo. Somente após a lei ter sido sancionada é que começaram os entraves a aplicação.

Em seguida o presidente do Sintese explanou sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada no Supremo Tribunal Federal - STF por cinco governadores. “Os trabalhadores em Educação têm o entendimento que os gestores públicos estaduais só mudaram de opinião sobre a implantação do piso após a ADI”, disse Joel.

ADI - Basicamente os governadores queriam impedir, via liminar, a aplicação do piso, a definição por lei federal da carga horária. O STF deferiu somente parte da solicitação e fez mudanças na lei. De acordo com a decisão do STF a divisão da jornada de trabalho será definida pelos Estados e municípios, a data de vigência do piso passou a ser 1º de janeiro de 2009.

Cálculos - Joel colocou que o inciso dois do artigo 2º da lei que trata da integralização dos 2/3 do piso a partir de janeiro de 2009, apesar de ter sido questionado pelos governadores, foi mantido pelo STF. A partir deste entendimento o SINTESE aplicou a lei aos vencimentos iniciais dos professores do nível médio da rede estadual e chegou ao seguinte cálculo:

“Essa é a razão da greve dos professores, da mobilização nas ruas e dos questionamentos do sindicato. A decisão do STF é bem clara, a partir de 1º de janeiro de 2009, 2//3 do valor da diferença entre o piso de R$950 e o vencimento inicial do professor de nível médio devem ser acrescentados e isso não foi feito”, disse Joel.

Situação das escolas - Aproveitando o espaço da tribuna, o professor Joel, apresentou fotos de algumas escolas da rede estadual da capital de do interior demonstrando as precárias condições físicas das escolas. Para o sindicato não há uma política de reforma e manutenção das escolas públicas, é uma situação de vários anos, mas esse governo ainda não apresentou uma proposta que dê melhores condições estruturais às escolas públicas estaduais.

Conselhos - A situação dos conselhos do Fundeb e da Alimentação Escolar também foi abordada pelo presidente do sindicato. Ele ressaltou que há uma necessidade que esses espaços sejam de fato de controle social e para isso os gestores públicos devem dar acessibilidade aos documentos. “Infelizmente em nenhum governo tivemos acesso a folha de pagamento, que auxiliaria na fiscalização dos recursos do Fundeb”, frisou.

Assembleia - Nesta quinta-feira, dia 30 de abril, o sindicato realiza assembleia geral da categoria a partir das 9h no Instituto Histórico e Geográfico.
Fonte: Sintese

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Lampião na feira de Glória



"A visita de Lampião e seu bando a cidade de Nossa Senhora da Glória ocorreu no dia 20 de abril de 1929, um sábado, dia da feira local. Apesar da fama de facínora, em Glória, Lampião não praticou nenhum crime, contrariando o pensamento das pessoas que temiam um derramamento de sangue. O jornal Gazeta de Sergipe noticiou o fato em 22 de abril de 1929. A notícia trazida à tona pelo jornal afirma que depois de entrar em Sergipe pela área do atual município de Canindé de São Francisco, Lampião e seu bando passaram em Poço Redondo, logo depois seguiram em direção a Nossa Senhora da Glória “onde se demorou alguns minutos, desaparecendo com direção ignorada, em direção a caatinga.”

Além da passagem dos cangaceiros, Nossa Senhora da Glória registra nas páginas da sua história a marcha da volante (termo pelo qual era conhecida a força policial) baiana de Zé Rufino em direção à Poço Redondo para buscar informações sobre o paradeiro de Lampião. A caçada ao cangaceiro fez com que Zé Rufino e sua volante se tornassem alvos de coiteiros (expressão que designava os protetores de Lampião) e espiões. Por isso, em sua caminhada rumo a Poço Redondo sabendo do risco que corria, mudou seu rumo e seguiu para Nossa Senhora da Glória, acampando na Fazenda Malhada. Ali foi informado que a volante sergipana de Zé Luís tinha estado na região à procura dos cangaceiros.

A passagem de Lampião e seu bando e da volante de Zé Rufino em Nossa Senhora da Glória, descrita pelas fontes e historiografia mostra que a área do município era propícia a invasões pelo fato de estar localizada numa região que era caminho natural para Poço Redondo. Neste lugar o cangaço encontrou forte apoio da população, oferecendo vários indivíduos para integrar o grupo. Por isso, é provável que outras passagens tenham ocorrido e cabe aos pesquisadores descortinarem esses fatos."


O texto acima faz parte de um artigo científico produzido por Cáio Cesar e Pedro Abelardo, historiadores e professores de nível superior.

Faça o download do artigo completo: MARCAS DO CANGAÇO EM NOSSA SENHORA DA GLÓRIA: MEMÓRIAS DOS CONTEMPORÂNEOS DA PASSAGEM DE LAMPIÃO NA CIDADE, 1929-2008

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Prefeita Luana perde um bom líder na Câmara de Vereadores de Glória





Luana Oliveira (PR), prefeita de Glória, deve perder o atual líder da bancada da situação do parlamento municipal. Isto por que o Tribunal Regional Eleitoral – TRE cassou o registro do vereador empossado e líder da prefeita, Ancelmo Correia (PSDB).

A prefeita perde também um grande articulador político na Câmara, pois o vereador cassado conta com uma larga experiência na vida pública, o que lhe garante transitar e debater nos dois lados das discussões políticas, no da situação e no da oposição.

Ancelmo já foi prefeito, presidente da Câmara e exerceu vários mandatos no legislativo. Já esteve, em momentos passados, no palanque do ex-prefeito Sérgio Oliveira, irmão da atual prefeita, bem como já foi, noutros momentos, fervorosamente contra ao ex-prefeito. Hoje estão do mesmo lado, tendo como rumo à liderança do ex-prefeito Sérgio.

Correia, inclusive, já trafegou no grupo da esquerda. No ano de 2004, quando prefeito do município de Glória, e após longos enfrentamentos com Sérgio Oliveira, alinhou-se politicamente com os esquerdistas. À época, foi costurada uma coligação aonde o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, de Ancelmo Correia, se aliou ao Partido dos Trabalhadores - PT, do Professor Laudson. Este último saiu candidato à vice, numa eleição muito conturbada, tendo como candidato a prefeito e concorrendo a reeleição o ptebista Ancelmo.

Apesar desta longa experiência política e de sua habilidade em convencer uma grande parte dos representantes políticos de Glória, Ancelmo não foi feliz ao insistir com sua candidatura a vereador durante o pleito de 2008. Ele, inclusive, foi constantemente orientado pelo juízo eleitoral sobre o iminente risco que estava correndo de se eleger vereador e não exercer o cargo devido a uma provável cassação, tendo sido aconselhado a apresentar, no prazo eleitoral devido, um substituto para concorrer à vaga de vereador.

Com a cassação, o atual secretário de obras e suplente de vereador Jorge Aleijado (PR) deve ser convocado a assumir sua vaga nos próximos dias. Além dele, a prefeita conta com Dudu (PR), Vaneide (PTdoB), Tatiu (PRB) e Gaguinho (PTdoB), os quais devem se reunir junto com o comando do executivo para que um deles seja selecionado e apresentado como o novo líder da bancada da situação.




Fonte: Portal Soudegloria.com – o maior portal do sertão sergipano

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viaboletim - 2009 - Nossa Senhora da Glória / Sergipe / Brasil
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